Augusto dos Anjos
Fac-símile da edição do autor de 1912
ano: 2014
nº páginas: 192
formato: 16 x 23 cm
ISBN: 978-85-65743-07-5
EU, de Augusto dos Anjos
A Biblioteca Mário de Andrade, dando continuidade à divulgação de seu acervo de obras raras e especiais, vem celebrar o centenário de mortede Augusto dos Anjos com a edição fac-similar do livro Eu em sua primeira versão, de 1912.A obra, considerada de suma importância para a história da literatura brasileira, foi republicada muitas vezes a partir da edição póstuma de 1920, com o título Eu (poesias completas), organizada e ampliada por Órris Soares, amigo do poeta. A presente edição, portanto, é uma oportunidade única aos leitores interessados em travar contato com a versão original, especialmente preparada, revista e custeada pelo autor e seu irmão Odilon dos Anjos.
Luiz Armando Bagolin
Diretor BMA/SPLi o Eu na adolescência e foi como se levasse um soco na cara. Jamais eu vira antes engastadas em decassílabos, palavras estranhas como simbiose,mônada, metafisicismo, fenomênica, quimiotaxia, zooplasma, intracefálica... E elas funcionaram bem nos versos! Ao espanto sucedeu intensa curiosidade. Quis ler mais esse poeta diferente dos clássicos, dos românticos, dos parnasianos, dos simbolistas, de todos os poetas que eu conhecia. A leitura do Eu foi para mim uma aventura milionária. Enriqueceu minhas noções de poesia. Vi como se pode fazer lirismo com dramaticidade permanente, que se grava para sempre na memória do leitor. Augusto dos Anjos continua sendo o grande caso singular da poesia brasileira.
Carlos Drummond de Andrade
Que poeta era este, então, que a sua terra esquecia? Era apenas o poeta Augusto dos Anjos, a expressão mais original da poesia brasileira.Talvez que o maior, o caso de um homem de gênio que não chegou a realizar- se,que em alguns pedaços de criação atingira o ponto mais alto e mais pungente da nossa poesia.
José Lins do Rêgo